quinta-feira, 16 de junho de 2011

Carne e unha, alma gêmea


O mito da alma gêmea foi criado por Platão que em seu livro O Banquete tenta definir o que é o amor. Em uma festa, os convidados fazem um elogio ao deus Eros (deus do amor). No entanto, um dos momentos mais fascinantes do texto é quando toma a palavra o comediógrafo Aristófanes.
Aristófanes começa dizendo que no início dos tempos os homens eram seres completos, de duas cabeças, quatro pernas, quatro braços, o que permitia a eles um movimento circular muito rápido para se deslocarem. Porém, considerando-se seres tão bem desenvolvidos, os homens resolveram subir aos céus e lutar contra os deuses, destronando-os e ocupando seus lugares. Todavia, os deuses venceram a batalha e Zeus resolveu castigar os homens por sua rebeldia. Tomou na mão uma espada e cindiu todos os homens, dividindo-os ao meio. Zeus ainda pediu ao deus Apolo que cicatrizasse o ferimento (o umbigo) e virasse a face dos homens para o lado da fenda para que observassem o poder de Zeus
Dessa forma, os homens caíram na terra novamente e, desesperados, cada um saiu à procura da sua outra metade, sem a qual não viveriam. Por isso, os homens vivem em sociedade, pois desenvolvem o trabalho para buscar, nessa relação amorosa, manter a sua sobrevivência. Dessa forma, o ser que antes era completo homem-homem gerou o casal homossexual masculino; o ser mulher-mulher, o casal homossexual feminino. E o andrógino (parte homem, parte mulher) gerou o casal heterossexual.
Esta é uma questão curiosa, e Platão utiliza uma linguagem poética para poder refutar essa teoria. Isso inspirou os movimentos românticos em todas as suas fases na modernidade.


Gabrielly Mateus - 12

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